Se eu pudesse listar as top’s 10 perguntas que mais são feitas nos treinamentos sobre a soldagem de aço inoxidável, seriam:
Posso soldar metal de base 316 com metal de adição E309?
Posso soldar metal de base A36 e revestir com E309?
Posso soldar metal de base 316 com metal de base 304?
Posso soldar metal de base ASTM A743 grau CA6NM com consumível E410NiTiTX-X?
A resposta é sim! Mas alguns podem dizer, “como assim, não pode!” Vamos a explicação... Em soldagem tudo é possível, tanto que é possível soldar ferro fundido que é um material de baixa soldabilidade. Sendo assim, o que precisamos entender é que toda soldagem terá um resultado. Este resultado pode ser bom para determinada aplicação, ou ruim. Para ajudar nesta tomada de decisão do que seria “bom” ou “ruim” na soldagem de aço inoxidável com juntas dissimilares, ou até na seleção do melhor consumível, podemos usar o Diagrama de Schaeffler, conforme imagem.
O diagrama de Schaeffler tem a intenção de predizer qual será a microestrutura final da junta de soldagem. Bem como, quais são os possíveis problemas que cada microestrutura pode apresentar. Para isso, precisamos de algumas informações para utilizar o diagrama, que são:
Especificação do metal de base, para saber as porcentagens dos elementos químicos
Especificação do metal de adição, para saber as porcentagens dos elementos químicos
Processo de soldagem utilizado, para saber a diluição
O eixo X do diagrama nos informa o valor do Cromo Equivalente (Creq), ou seja, esse valor tem a intenção de predizer a formação da microestrutura Ferrítica. Já o eixo Y é referente ao Níquel Equivalente (Níeq), pois este elemento químico estabiliza a formação de uma microestrutura Austenítica. Desta forma, será possível estimar qual será a microestrutura final do elemento soldado.
Para os cálculos são utilizados a seguintes fórmulas:
Após todos os cálculos e representações feitas sobre o diagrama será possível predizer se a solda terá uma microestrutura Martensítica, Ferrítica, Austenítica, ou até uma microestrutura heterogênea. Mas a análise ainda não acabou, pois como mencionado anteriormente, cada microestrutura estará suscetível a um problema de soldagem. Para facilitar o entendimento o diagrama anterior podemos identificar 4 regiões numeradas de 1 a 4. Assim como, marcações coloridas para cada numeração. Desta forma, cada região poderá apresentar um problema, como segue:
Após esta análise é aconselhado realizar algum procedimento para evitar a ocorrência desses problemas.
Os próximos artigos irão abordar possíveis atitudes para evitar a ocorrência de cada problema. Bem como, faremos um artigo de aplicação prática do Diagrama de Schaeffler. E como faço para aprender mais sobre este assunto Lucas?!
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